The Cape - Vale a pena acompanhar?

Antes de começar a escrever sobre The Cape, quero fazer um pequeno prólogo sobre o início da minha jornada como co-autor nesse blog. No meu primeiro post aqui no PdF, eu pensei falar sobre milhões de assuntos, não porque tenho visto milhões de coisas legais atualmente, ou até tenho, mas o fato principal é que eu queria escrever num blog faz uns 4 anos e nunca tive coragem (leia-se vergonha na cara) de começar um. Pode me chamar de vagabundo, preguiçoso, ou qualquer palavreado mais baixo que provavelmente virá de suas bocas sujas porque eu mereço. Mas tudo mudou quando o amigo Filyppe Saraiva me chamou pra escrever no blog (leia-se "Deixa de ser viadinho de merda, preguiçoso e escreva logo!") Então, eu aprendi a lição e cá estou eu, escrevendo para os senhores.

Agora vamos a The Cape. Já aviso aqui que o texto tem SPOILERS e se você vier reclamar que eu contei partes importantes do episódio aqui, receberá um palavrão muito mais baixo do que você provavelmente proferiu contra mim no parágrafo acima.

A série é uma produção de super-heróis da NBC e uma das grandes apostas da emissora pra esse midseason/recesso das outras séries. É também a última esperança do canal em lançar uma série que se prolongue mais de uma temporada, afinal The Event teve uma boa audiência na estréia, mas despencou morro abaixo logo depois e pode ser cancelada, apesar de ter melhorado bastante em qualidade. Então amiguinhos sabemos que já circunda The Cape a "missão" de ser a surpresa do canal, antes mesmo de estrear. Para isso temos a nossa amiga publicidade que fez a NBC gastar milhões de doletas em marketing promocional, mas que obteve uma audiência apenas ok.

Agora deixando esse blábláblá de audiência e cancelamentos, vamos a história. A ação começa em Palm City, uma fictícia cidade americana em que a corrupção na polícia rola solta, a violência é enorme e após o assassinato do novo chefe de polícia pelo mascarado bandido Chess, a prefeitura pensa em privatizar a força policial da cidade. Isso mesmo amigos, esse é o futuro da polícia corrupta caso não aja um Capitão Nascimento para acabar com o sistema.

Conhecemos então Vince Faraday (Davis Lyons de ER), um policial honesto, justo, íntegro, pai de família amado e respeito pela sociedade, ou seja, um Tom Cruise WANNABE. Ele é chamado pelo amigo Marty (Dorian Missick) para sair da polícia e trabalhar da Ark Corporation, a empresa que vai ownar a polícia na cidade e que pertence ao milionário Peter Fleming (o asqueroso Franklin de True Blood.) No meio disso tudo tem um blogueiro (tinha que ser né!?) Orwell, que mais tarde descobrimos ser a nhuí da Summer Glau (Firefly, Terminator: The Sarah Connor Chronicles), que divulga tudo de corrupto que rola na cidade. Orwell avisa Vince de que a Ark é fachada e manda ele ir até um lugar investigar. Lá ele é traído pelo melhor amigo Marty e descobrimos que Chess e Peter Fleming são a mesma pessoa. O manolo mata geral pra companhia dele mandar primeiramente na polícia da cidade, depois no MUNDO. Ok, sem exageros. Vince então é acusado de ser o Chess, a polícia corre atrás do cara, rola umas explosões e todo mundo acha que ele morreu, mas ele é ajudado por um grupo de circenses bizarros que o ensinam ilusionismo e o ajudam a se tornar The Cape, o super-herói dos quadrinhos que ele lia para o seu filho todos os dias.

É legal ou não é?

Essa sinospe que você acabou de ler é chata e longa certo? Bom, se você não achou, você tem problemas, sério. Mas o ritmo lento dessa sinopse porca de novela mexicana nada tem haver com o do seriado. Muito pelo contrário, o ritmo de The Cape é frenético. Tudo se desenrola rápido demais. Em 20 minutos de episódio, o cara é traído, se passa por morto, renasce das cinzas (UÍ!), vira super-herói e chuta bundas. A pressa seja por audiência ou por colocar o personagem de Vince como O Capa no primeiro episódio deixa um roteiro mal resolvido e isso é o que acaba prejudicando a série. Claro que não precisa ser tipo, Smallville, que demorou dez anos pra colocar o Superboy como Superman, mas não custava nada mostrar o surgimento do herói aos poucos, desenvolver a história sem pressa e desenvolver melhor o mundo aonde tudo acontece. Tanto que há um vilão interpretado pelo Vinnie Jones, (dos filmes fodões do Guy Ritchie, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch) que tem tudo pra ser foda, mas é super mal explorado. Espero que ele apareça chutando bundas nos próximos episódios.

Eu vi um monte de gente, haters na maioria, falando muito mal da série, que foi a maior decepção, que o herói usa a capa para bater nos bandidos e eu, apesar de ser do time do Senhor Incrível, que sabe que capas prejudicam qualquer herói, gostei dos dois primeiros episódios, (sim a NBC exibiu os dois em seqüência) apesar do ponto negativo do ritmo da história. Acho que tem um potencial ali a ser explorado e que as pessoas, os fãs de super-heróis principalmente devem dar uma chance a série. Afinal um piloto mediano, não quer dizer que a série será uma porcaria. E vice-versa. Mas se for uma merda épica, quem sabe eu não veja pela Summer Glau?

Abaixo tem um promo da série e um outro com um monte de crítico falando muito bem do seriado, um chega a compará-lo a Batman Begins, que faz você começar a desacreditar em qualquer trailer que tenha uma crítica boa sobre uma série ou filme.

Ah e o próximo episódio de The Cape vai ao ar nessa segunda dia 17 de janeiro.